top of page

© Andréa D'Amato: @andreadamato.fotografia

ALAPINI / CONTINUIDADE

Pedro Daniel de Paula / Babá Alateorun

Marcos Cardoso Pimentel / Babá Olú

Domingos dos Santos / Babá Alajaré

Deoscoredes M. dos Santos - Mestre Didi

Balbino Daniel de Paula

 

     O Conselho Religioso do Culto de Egungun do Brasil Tradição Ilha de Itaparica é o Órgão máximo de deliberação do culto de Babá Egùn, cabendo-lhe estabelecer as diretrizes de atuação da Rede de Terreiros da Tradição Ilha de Itaparica, bem como empossar sacerdotes ao cargo de Alàgbá e de Alapini Ipẹkun Oyé escolhido pelos ancestrais. No dia 08 de setembro de 2023 foi realizado o ato solene da posse do Alapini Ipẹkun Oyé onde o conselho religioso formado pelos líderes das casas de Egùngùn deram a chancela do título ao Sr. Balbino Daniel de Paula.

     Balbino nasceu no dia 04 de dezembro de 1958 no povoado de Ponta de Areia, localizado no município de Itaparica. Seu pai, Caetano Daniel de Paula, era um homem negro cuja sua descendência estava diretamente ligada ao sacerdócio do culto de Egùngùn. Sua mãe, Valda Cosme de Paula, foi consagrada ao Orixá Oxum pelas mãos de mãe Senhora no Ilê Axé Opô Afonjá do São Gonçalo do Retiro, terreiro fundado por Mãe Aninha – Obá Biyi, no município de Salvador, Bahia.
     No dia 08 de setembro 1977 começa a trajetória de Balbino de sagração e dedicação ao culto a Egùngùn. Nesse ano foi indicado para ser amuixan pelo eminente ancestral Babá Agboulá, egùn da devoção da famosa Iyalorixá Maria Bibiana do Espírito Santo, Oxum Muiwa, conhecida como Mãe Senhora. Aqui um parêntese, avó Senhora – como Balbino a chamava – era mãe de santo de Valdinha, sua mãe biológica e, também, de Moacyr Barreto Nobre – Ogum Tosi, seu orientador espiritual no culto aos orixás.
     Em 1979 foi iniciado no culto aos Orixás e, em 01 de janeiro de 1980, antecedendo ao ciclo de festa dedicado a Babá Olukotun, foi submetido ao rito iniciático como amuixan. Em julho do mesmo ano, finalizou os ritos propiciatórios e é consagrado como Ojé, sacerdote pleno do culto a Egùngùn, recebendo o nome de Osi Oluidê. Continuando a trajetória religiosa, em 1990, foi escolhido pelo orixá Ogum para ser Axogum no Ilê Axé Ogum Alakaiye, fundado por pai Moacir de Ogum.

bottom of page